Alavancando o Negócio de Sua Empresa

Pilotando a sua Empresa como um Verdadeiro e Eficiente “Piloto de Tormentas”

Por José Silveira Passos

Terminado o século XX, um novo milênio tem início, velhos paradigmas dão lugar às novas visões de mundo no seio da sociedade e das organizações. Há muito se vê as mudanças acontecendo desde o início da chamada Revolução Industrial até o presente. Muitas transformações deu lugar a novos valores, quer na sociedade como um todo, quer nas empresas como organismos vivos que fazem parte dessa mesma sociedade. Podemos observar que, de uma maneira geral, o autoritarismo cedeu lugar às democracias, o isolamento cedeu lugar à globalização, a proposta de um gerenciamento voltado para a produção deu lugar a orientação para o mercado. Antes falava-se em Controle de Qualidade aos poucos foi cedendo lugar ao conceito de Gestão de Qualidade Total. Idéias como as de Taylor que o homem deveria ser tratado como uma máquina, foi aos poucos sendo substituída pela visão do homem como um ser multidimensional. A idéia de um trabalho escravo foi lentamente passando por diversas etapas que tem hoje em seu cerne uma visão de que o trabalho na verdade está intimamente ligado a idéia de liberdade.

Quanto mais podemos falar em mudanças, novos paradigmas, globalização, etc., mais podemos também falar em novas descobertas para enfrentar as crises cada vez mais. Um paradigma que precisa ser quebrado é, a meu ver, o de que depois da crise as coisas voltam ao normal. Isso não é mais verdadeiro. Temos que nos dar conta que de agora em diante não haverá mais lugar para “esperar a crise passar”. A crise não irá passar, ela é o verdadeiro lugar do dia-a-dia hoje. É o novo paradigma que estamos vivendo e a grande parte das organizações não se deram conta disto. Continuam com a visão do velho paradigma de que as coisas irão melhorar depois da crise. Mudamos o paradigma ou sucumbimos nele!

Alvin Toffler, autor de “O Choque do Futuro” (1970) e “A Terceira Onda” (1980), dizia em 2000 o seguinte: “Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender”.

Na verdade a relação do trabalhador com o trabalho mudou completamente de uns tempos para cá. O trabalhador era visto como um indivíduo pago para não pensar, apenas executar aquilo que era determinado pelas cabeças pensantes da empresa. Hoje isso mudou completamente, o trabalhador hoje é um trabalhador do conhecimento, pois estamos na era da informação. Um exemplo vivo disso é o advento da Internet que trouxe mudanças profundas na rotina diária de todos nós. O grande desafio é como adaptar-se a esse novo mundo de avanço tecnológico e, por outro lado, com a baixa qualidade de vida, onde uma grande parte da humanidade, ainda vive na fome, na pobreza, nas guerras e com a intolerância (vide o atentado do dia 12 de setembro de 2001). Lugares em que a condição de vida está ainda a níveis de subumanas.

Como diz Bengt-Aake Ludvall, professor e pesquisador dinamarquês da faculdade de gestão da Universidade de Aalborg: “Aprender é a alquimia do emprego”. Ou seja, a saída para as empresas hoje é elevar o nível de capacitação de aprendizagem de seus colaboradores, com a finalidade de promover o mais rápido possível a sua adaptabilidade contínua às mudanças tecnológicas, bem como às mudanças do mercado, desenvolvendo assim, novas competências em suas vidas, tanto nos aspectos pessoal como no profissional.

Robert Kaplan, professor da Havard Business School, um dos maiores gênios da gestão financeira da atualidade, afirma textualmente: “Uma empresa pode funcionar muito bem do ponto de vista financeiro, ter boas relações com os clientes e contar com excelentes processos, mas, se outra empresa obtiver vantagens semelhantes, isso de nada adiantará.” Isso significa, estar alerta o tempo todo no que diz respeito às inovações, mudanças, tendências, etc. Explica o renomado professor: “não se deve ficar acomodado com o desempenho atual, ainda que este seja satisfatório. É importante que os executivos entendam que não serão superados pelos concorrentes se mudarem e se aperfeiçoarem continuamente e mais rapidamente do que eles”. Eqüivale dizer que é essencial que as empresas se conscientizem de que o seu maior patrimônio de crescimento e aprendizado são os seus colaboradores.

O que chamo, Pilotando a sua Empresa como um Verdadeiro e Eficiente “Piloto de Tormentas”. Vamos relembrar o que aconteceu no dia 13 de abril de 1970 na NASA, mais precisamente com a missão Apollo 13. Nessa data o comandante da missão, James Lovell, informava que a nave estava com problemas sérios. Havia acontecido uma explosão que danificou seriamente um dos tanques de oxigênio, o que significava que iria faltar oxigênio e ainda faltavam três dias de viagem para o retorno à Terra.

O responsável pela missão era Eugene Kranz, que imediatamente percebeu que estava com uma tremenda catástrofe preste a acontecer: a missão Apollo 13 seria um completo desastre.

O que Kranz fez, foi colocar em prática o seu treinamento e astúcia de sua liderança, ou seja, colocou em prática a sua habilidade de “piloto de tormentas”, que para aquela situação era fundamental centrar nos seguintes pontos:

1 – Esperar um alto desempenho é pré-requisito para alcançá-lo;

2 – Compartilhar as informações e manter a concentração de todos voltada para as metas é imprescindível para atingi-las;

3 – Organizar a equipe e estabelecer diretrizes é fundamental para otimizar as decisões; e

4 – Desenvolver e treinar as equipes é essencial para resoluções ágeis e precisas.

Assim, Kranz, já tendo feito isso com a sua equipe no dia a dia, conseguiu reverter toda uma situação, que parecia praticamente impossível trazer de volta à Terra a tripulação da Apollo 13. Kranz recebeu da NASA, por essa façanha, a “Medalha por Liderança Excepcional”.

É isso que chamo de ” Piloto de tormentas”, é estar o tempo todo “navegando” no mar turbulento sem deixar que o barco perca o rumo. Isso muda tudo em termos de pensar o dia a dia de uma empresa, quer seja em termos estratégicos, quer seja em termos da busca das ações de implementação das metas.

Tudo isso implica em mudanças de paradigmas, crenças, valores, etc., que só se pode lograr êxito com o treinamento de todo pessoal envolvido, principalmente dos executivos da empresa.

Portanto não perca tempo, comece já a treinar o seu pessoal, antes que seja tarde demais. Lembre-se: ou mudamos o paradigma ou então sucumbimos nele.

Veja os treinamentos disponíveis em:

1 – Programa de Capacitação Emocional;
2 – Seminário de Relações Interpessoais na Empresa;
3 – Workshop de Relacionamento Interpessoal.