Workshop de "Carícias"

Objetivos Propostos:

– Convidar o participante a desobedecer as “leis de economia de carícias”;
– Convidar o participante a inserir-se nas “leis de abundância de carícias”.

Programa:

Tratando-se de um trabalho vivencial, a programação das vivências terá que ser feita em conformidade com a dinâmica de cada grupo. Assim sendo, não cabe aqui descrevê-las.

Conceituação teórica

Rene Spitz, em seu livro “O Primeiro Ano de Vida”, relata que comparou o comportamento de dois grupos de crianças pequenas criadas em condições anormais. O grupo X era composto de crianças de uma instituição que após três meses de idade, as mães já haviam processado o desmame e não tinham condições de criá-las. Essas mães deixavam seus filhos espontaneamente na instituição, ou seja, não existia nenhum tipo de pressão quanto ao deixar os filhos na instituição ou não.

Na instituição, as crianças não tinham figuras maternas substitutas. Possuíam apenas enfermeiras, que em horário pré-determinado, vinham e trocavam suas fraldas e as alimentavam. O grupo Y era composto de crianças que ficavam em creche anexa a uma prisão feminina. As mães que estavam encarceradas tinham o direito de ter contato com os seus filhos e conseqüentemente dispensar-lhes carinho.

As crianças do grupo Y apresentavam em média um coeficiente de desenvolvimento mais elevado que as do grupo X. Esta diferença era estatisticamente significante. Segundo o autor, teoricamente seria de se supor o oposto, uma vez que as crianças do grupo X tinham mães normais. Ao passo que as crianças do grupo Y só possuíam a seu favor dose maior de estimulação e de carícias.

A conclusão do autor foi de que a criança, para ter um desenvolvimento normal, necessita ser estimulada, ou seja, os estímulos são indispensáveis ao desenvolvimento normal da criança. Spitz também demonstrou que as crianças já nascem com uma barreira biológica a estímulos, que tem por finalidade protegê-las de estímulos inadequados e excessivos.

Esta barreira, segundo Spitz, irá servir de modelo às funções do ego, quando este se constituir, tomando a forma de defesas do tipo repressão. Essas barreiras irão extinguir-se progressivamente, antes de se tornarem defesas, até desaparecerem por completo onde irão ser substituídas pelas funções do ego.

Spitz observou ainda que uma criança de três meses aproximadamente já é capaz de manifestar o prazer com o sorriso social, por exemplo ao perceber próxima de si a pessoa que lhe dispensa cuidados; como também tem reações de desprazer duradouros quando esta pessoa se afasta de sua proximidade.

O autor também observou em suas pesquisas, que a falta de estímulo extremado pode resultar em regressão da criança à uma fase anterior à formação da barreira, resultando em marasmo e apatia. Spitz, em sua obra citada acima, afirma ter concluído através de suas observações, que a privação de contato físico em crianças, por tempo prolongado, poderá levar à morte. O autor chamou esse fenômeno de “privação afetiva” e sugere que a forma mais eficaz de suprir essa necessidade de carícias é através do contato físico.

Harry F. Harlow, em sua obra “Psicobiologia – bases do comportamento”, cita que ele e seu grupo, no Primate Laboratory da University of Wisconsin, realizaram diversos experimentos com macacos, dentre eles, um que é bastante conhecido e citado no meio acadêmico: aquele onde foi criada a imitação de uma macaca, feita com armação de arame, e outra imitação, também de armação de arame, porém, esta última foi forrada com pano felpudo e macio. Na imitação de arame puro, colocaram o alimento (mamadeira) e na com forração não colocaram nenhum tipo de alimento. Observaram que os filhotes de macacos preferiam se aninhar na imitação com forração, indo até a outra apenas para saciarem a fome.

O resultado desta e de outras experiências permitiu a Harlow concluir que a variável contato reconfortante suplementava a variável amamentação. Harlow observou também, que os macacos Rhesus com mães reais, demonstravam comportamentos social e sexual mais adiantados dos que os criados com mães substitutas (de arame com forração) e que estes últimos apresentavam comportamentos sociais e sexuais normais se diariamente tivessem oportunidade de brincar no ambiente estimulador dos outros filhotes. Harlow menciona que não se deve subestimar o papel desempenhado pelo relacionamento dos filhotes entre si como determinante dos ajustamentos na adolescência e idade adulta. Harlow também sugere que a afetividade dos filhotes entre si seja essencial para que o animal possa responder de maneira positiva ao contato físico com seus semelhantes, sendo que esses contatos entre si são, provavelmente, tanto no homem quanto no macaco, fatores preponderantes na identificação dos papéis sexuais.

Nos experimento de S. Levine com ratos, observou-se alterações favoráveis no desenvolvimento físico, mental, social e químico do cérebro pela estimulação do contato físico. Com os resultados desses experimentos verificou-se que tanto os estímulos delicados como os dolorosos foram igualmente eficientes, mantendo a saúde dos animais, enquanto a falta destes trazia conseqüências negativas para a saúde dos animais.

Estas investigações e observações serviram de apoio às idéias de Eric Berne, o criador da Análise Transacional, e possibilitaram a sua conclusão de que os seres humanos possuem, no que concerne às carícias, três fomes básicas, além de suas necessidades de ar, alimento e abrigo: fome de estímulo, fome de reconhecimento e fome de estruturação do tempo.

Na prática, essas três fomes básicas aparecem de maneira entrelaçada, o que dificulta a sua identificação separadamente. O que ocorre em realidade é considerarmos a fome de reconhecimento como a mais abrangente, haja vista que o estímulo e a estruturação do tempo implicam, de alguma maneira, em reconhecimento.

Berne, em seu best seller, Games People Play, cita um fenômeno correlato observado em adultos quando submetidos à privação sensorial. Nestes casos, o indivíduo pode apresentar psicose passageira ou distúrbios mentais temporários, como acontece com indivíduos condenados a longos períodos em solitárias, sendo este o castigo mais temido até mesmo pelos prisioneiros endurecidos pela brutalidade física. Berne em sua obra, “Sexy in Human Loving”, cita também o isolamento total como sendo uma das torturas mais eficazes para obter confissões.

As privações emocional e sensorial poderão produzir modificações no organismo, continua Berne, citando que, se parte do “sistema reticular” não for suficientemente estimulado, as células novas podem degenerar-se. Assim sendo, pode-se fazer uma ligação biológica a partir das privações afetiva e sensorial com alterações degenerativas e morte. A partir dessas observações, Berne estabeleceu uma ligação em que a fome de estímulos ou de relacionamento pode ser comparada à fome de comida, em termos de sobrevivência do organismo. Segundo Berne, tanto biologicamente quanto psicológica e socialmente, estas fomes correspondem-se de várias formas. Cita os termos tais como desnutrição, saciedade, voracidade, jejum, apetite e outros, como sendo facilmente transferíveis do campo da nutrição para o das emoções. A superestimulação tem o seu correspondente no comer em demasia e no passar mal em decorrência.

À medida que a criança vai se desenvolvendo, vai se processando também a separação de sua mãe, terminando assim, a fase de estreita intimidade com ela. Daí para frente seu destino e sobrevivência estarão constantemente em jogo. Um aspecto é a mudança social em termos de contato físico no estilo infantil para o estilo adulto, e o outro aspecto é a luta constante para conseguí-lo de volta. Ou seja, há uma mudança de modo que ele aprenderá a se satisfazer com outras formas de contato físico mais sutis. Contudo, o anseio de continuar recebendo contato físico (como recebia quando criança) permanece.

Em decorrência disso, há uma transformação parcial da fome infantil de estímulo em anseio de reconhecimento. É este anseio de reconhecimento que torna as pessoas diferentes umas das outras e, por outro lado, são estas diferenças que imprimem condições para que haja relacionamento social e norteia o destino de cada um. Como por exemplo, um ator de cinema que precisa de centenas de estímulos de seus admiradores todas as semanas, enquanto que um cientista necessita apenas de um estímulo por ano, vindo de um mestre respeitado.

“Estímulos” segundo Berne, pode ser usado como expressão para designar contato físico íntimo e em conseqüência, “estímulo” pode ser usado para caracterizar relacionamento, ou seja, “qualquer ato que implique no reconhecimento da presença de outra pessoa”, logo o “estímulo” pode ser entendido como a “unidade básica da ação social”. Finalmente, afirma Berne, “uma troca do estímulos constitui uma transação, que, por sua vez, é a unidade básica do relacionamento social”.

No que concerne aos Jogos Psicológicos, o autor afirma que “qualquer relacionamento social representa uma vantagem sobre a ausência de relacionamento”. Claude Steiner, um analista transacional discípulo direto de Berne, buscou aprofundar os estudos sobre o tema e chegou a surpreendentes conclusões, criando inclusive, uma “História de Fadas” para ilustrar o seu pensamento a respeito da “Lei de Economia de Carícias” e da “Lei da Abundância de Carícias”, anunciadas por ele. A seguir transcrevo a íntegra de sua historinha ilustrativa.

“Uma história de fadas” de Claude Steiner Ph. D.

“Era uma vez, há muito tempo, um casal muito feliz, Tim e Maggie, e seus dois filhos chamados John e Lucy. Para entender o quanto eram felizes, é preciso saber como ocorriam as coisas naquele tempo. Todos, quando nasciam, recebiam uma pequena e macia caixa de Flocos Quentinhos. Estes eram muito procurados; quando alguém ganhava um Floco Quentinho sentia-se quente e macio. As pessoas que não recebiam Flocos Quentinhos regularmente corriam o perigo de contrair uma moléstia em suas costa que as faziam definhar e morrer.

Naqueles dias, era muito fácil conseguir Flocos Quentinhos. Todas às vezes que alguém tinha vontade de receber um, podia dirigir-se a quem quer que fosse e dizer: “Gostaria de ter um Floco Quentinho”. A pessoa então procurava em sua caixa e tirava dela um Floco do tamanho da mão de uma criança pequena. Assim que o floco via a luz do dia, ele sorria e desabrochava num grande e felpudo Floco Quentinho. Era então colocado sobre o ombro de quem o pedira, ou sobre a cabeça ou no colo; ele então se aconchegava e se dissolvia contra a pele e a fazia sentir-se bem dos pés à cabeça. As pessoas estavam sempre pedindo e dando Flocos Quentinhos; e, como eram dados gratuitamente, obtê-los era a coisa mais fácil desse mundo. Havia sempre uma grande quantidade deles e todos eram felizes e se sentiam quentes e macios o tempo todo.

Um dia, uma bruxa má ficou zangada porque todos eram tão felizes e ninguém estava procurando suas poções e seus ungüentos. Mas, como era muito esperta, ela concebeu um plano diabólico. Numa bela manhã, aproximou-se de Tim enquanto Maggie estava brincando com a filha e sussurrou ao seu ouvido: “Escute, Tim, veja quantos Flocos Maggie está dando a Lucy. Você sabe, se continuar assim, vai acabar ficando sem nenhum e não haverá mais nada para você”.

Tim ficou atônito. Voltou para a bruxa e disse: “Você quer dizer que um dia poderá não haver mais Flocos Quentinhos na caixa?”
E a bruxa respondeu: “Exatamente; e quando acabam, acabam. Não há mais jeito de conseguir outros”. Com essas palavras, ela levantou vôo em sua vassoura, rindo e cacarejando histericamente.

Tim levou a advertência a sério e começou a notar todas às vezes que Maggie dava um Floco Quentinho a alguém. Finalmente, ficou muito preocupado e confuso, porque gostava muito dos Flocos Quentinhos de Maggie e não queria ficar sem eles. Não achava certo que Maggie gastasse todos os seus Flocos Quentinhos com as crianças e outras pessoas. Começou a se queixar todas às vezes que via Maggie dando um Floco Quentinho a alguém; e, como Maggie gostava muito dele, parou de dar Flocos Quentinhos aos outros com tanta freqüência e passou a reservá-los para o marido.

As crianças viram isso acontecer e começaram a achar que era errado ficar dando ou pedindo Flocos Quentinhos o tempo todo. Elas também começaram a tomar todo cuidado. Começaram a observar seus pais atentamente; e, todas às vezes que achavam que estavam trocando Flocos demais, começavam também a objetar. Ficavam preocupadas sempre que davam um floco Quentinho a alguém. Embora sempre encontrassem um Floco Quentinho na caixa quando procuravam, passaram a distribuir um número cada vez menor e tornaram-se cada vez mais sovinas. Em breve, as pessoas começaram a sentir uma falta de Flocos Quentinhos e a ficar cada vez menos macias e quentes. Definhavam pouco a pouco e às vezes chegavam mesmo a morrer por falta de Flocos Quentinhos. Aumentava assim o número de pessoas que procuravam a bruxa para comprar suas poções e ungüentos, mesmo que não funcionassem.

Bem, a situação estava ficando mesmo muito séria. A bruxa má, que vinha observando os acontecimentos, não queria realmente que as pessoas morressem; por isso, concebeu um novo plano. Deu a todas as pessoas uma caixa muito parecida com a de Flocos Quentinhos. A diferença é que esta era fria enquanto a outra era quente. Dentro da caixa, havia Espinhos Gelados. Estes Espinhos Gelados não faziam as pessoas se sentirem quentes e macias, porém frias e espinhosas. Mas evitavam que as costas das pessoas adoecessem. Assim, daquele momento em diante, todas às vezes que alguém dizia: “Eu queria um Floco Quentinho”, as pessoas que estavam preocupadas com o esgotamento de suas reservas de Flocos, diziam: “não posso dar-lhe um Floco Quentinho; não quer ficar com um Espinho Gelado?” Às vezes duas pessoas se dirigiam a outra pensando que obteriam Flocos Quentinhos; mas uma delas mudava de idéia e acabavam trocando Espinhos Gelados. Como resultado, embora muito poucas pessoas estivessem morrendo, uma boa quantidade delas era infeliz e se sentia gelada e espinhosa.

A situação ficou mais complicada porque, desde a chagada da bruxa, o número de Flocos Quentinhos diminuía cada vez mais; assim, os Flocos que nunca tiveram preço tornaram-se extremamente preciosos. Isso levava as pessoas a fazer todo o tipo de coisas para conseguir um. Antes de a bruxa aparecer, as pessoas se reuniam em grupos de três, quatro ou cinco, sem se preocupar com quem estava dando Flocos Quentinhos a quem. Após a chegada da bruxa, todas as pessoas começaram a se reunir em pares e a trocar Flocos de maneira exclusiva. Se um dos dois se distraía e dava um Floco a uma outra pessoa qualquer, passava a sentir-se culpado porque sabia que seu parceiro certamente se ressentiria disso.

As pessoas que não podiam encontrar um parceiro generoso tinham que comprar seu Floco Quentinho; para isso, trabalhavam horas a fio a fim de obter dinheiro necessário. E aconteceu que algumas pessoas passaram a tomar os Espinhos Gelados que estavam à disposição e os preparavam para ficar brancos e fofinhos e os vendiam como Flocos Quentinhos. Esses Flocos falsificados eram na realidade Flocos Plásticos e provocavam dificuldades adicionais. Por exemplo, duas pessoas se reuniam e trocavam Flocos Plásticos que deveriam fazê-los sentir-se bem, mas acabavam sentindo-se mal. Como pensavam que tivessem trocado Flocos Quentinhos, as pessoas começavam a ficar desorientadas sem entenderem que o fato de se sentirem frios e ásperos era o resultado de estarem usando os Flocos Plásticos.

Assim, a situação tornou-se cada vez mais séria; e tudo começou devido a chegada da bruxa má que fez as pessoas acreditarem que um dia, quando menos esperassem, poderiam procurar por um Floco Quentinho na caixa e não encontrar mais nada. Pouco tempo depois, uma jovem mulher chegou a essa terra infeliz. Não sabia nada a respeito da bruxa má e não se preocupava em ficar sem Flocos Quentinhos. Ela os distribuía livremente, mesmo quando ninguém os pedia. As pessoas começaram a desaprová-la porque estava passando para as crianças a idéia de que não se deviam preocupar com o fim do estoque de Flocos Quentinhos. As crianças gostavam muito dela porque se sentiam bem quando ela estava por perto; e começaram também a dar Flocos Quentinhos todas às vezes que sentiam vontade de fazê-lo. Os adultos ficavam preocupados e resolveram promulgar uma lei para proteger as crianças do esgotamento de suas reservas de Flocos Quentinhos. A lei dizia que era ofensa grave dar Flocos Quentinhos de maneira desordenada. As crianças, entretanto, não se preocupavam com isso; e, a despeito da lei, continuaram a trocar Flocos Quentinhos sempre que tinham vontade e sempre que lhes pediam. Como havia muitas crianças, quase tantas quanto adultos, a impressão era de que acabariam por ganhar a luta.

Por enquanto, é difícil dizer o que acontecerá. Conseguirá a força da lei adulta dominar a imprudência das crianças? Ou se juntarão os adultos à jovem mulher e às crianças na convicção de que sempre haverá Flocos Quentinhos disponíveis? Lembrar-se-ão eles dos dias que seus filhos estão tentando trazer de volta o tempo de quando os Flocos Quentinhos eram abundantes porque todos os doavam livremente?

Em qual dos lados você está? O que você pensa disto? Tim, Maggie e as crianças, vivem num mundo onde seu bem estar depende de dar e receber carícias como acontece com todos nós. Todos nós vivemos num sistema que define as regras para dar e receber carícias. Carícias às vezes são consideradas como um produto de suprimento limitado, que devem ser trocadas, comercializadas ou monopolizadas. Todos nós perdemos parte de nossa capacidade de ser espontâneos, receptivos e íntimos, porque fomos criados em situações em que o fornecimento de carícias era limitado, e o preço exigido, muito alto. E você, está a fim de pagar esse preço? O que você tem feito a esse respeito?”

Venha participar do “workshop de carícias” se você não está a fim de continuar a pagar esse preço!

Como Trabalho em Workshop e Como Utilizo o Conceito de “Carícias”.

1) – Workshop de “Carícias” – Tem normalmente a duração de um final de semana (sábado e domingo) – são feitos em um local fora de centros urbanos, normalmente em um sítio ou pousada, onde existe acomodações para cerca de 30 pessoas (alimentação e pernoite), bem como a possibilidade dos trabalhos do grupo não sofrerem interferências externas, como por exemplo, pessoas que não estejam fazendo parte efetiva do Workshop ficarem circulando nas imediações, etc.

Este Workshop de “Carícias”, como os demais eventos, poderá também ser ministrado em outras cidades brasileiras, além do Rio de janeiro. Basta que haja interesse e possibilidade da formação de um grupo (se for esse o caso, entre em contato conosco que estudaremos as possibilidades). Veja também a “Programação das atividades”.

2) – Terapia Individual e de Grupo – O conceito de Carícias está incorporado aos meus trabalhos terapêuticos individual e de grupo.